sábado, 18 de dezembro de 2010

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- Esqueci-me de que quando viajo, esqueço de me ser e que vivo pra viver. A volta é tão carrasca, aparece acanhando. Quase como um filme cuja base é um livro, sem muitos números, colocações, detalhes. Decidi navegar, pois não gosto da volta. Nunca ficou muito claro o por quê.
Durante meu trajeto pelas veias molhadas, não me deparei com a volta, não é ótimo?
Ela tem ar rarefeito, persegue e se acha muito necessária, cheia de falas...Vem perto do nosso ouvido e diz: - Chegou a hora de dizer adeus.

2 comentários:

  1. Demos um nome para que a coisa se acalmasse e não queimasse o mundo: Poesia. Poièsis: criação, fabricação. Criamos um nome para que o mundo dormisse com menos monstros. De tempos em tempos, alguém liberta a fera, tira-lhe as algemas e a solta pelo mundo. Ela se alimenta de corações-que-ainda-pulsam: pois bem. Suas palavras, incompreensíveis em algum momento, tornam-se o próprio Monstro. Ao "compreender", estamos possuídos. Livrai-me desse mal...

    Menina-Dali: Imparlável!

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